Estudantes do curso de Ciências Biológicas do Centro Universitário Serra dos Órgãos (UNIFESO) participaram, no dia 24 de fevereiro, de um evento sobre doenças transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti – vetor da dengue, zika, chikungunya e febre amarela urbana. A atividade, realizada através do Projeto Ciência Itinerante, aconteceu na empresa Arbor Brasil, a convite do biólogo Michel Barbosa, egresso do curso de Ciências Biológicas e atualmente funcionário da empresa.
Durante o dia, os estudantes Gustavo Paim de Carvalho, Karina Nunes Serafim, Ana Caroline Siqueira Pereira e Rosiene Bartholazzi da Silva, munidos de lupas e espécimes capturados do mosquito cedidos pela Secretaria Municipal de Saúde de Teresópolis puderam explicar e ilustrar alguns aspectos do mosquito, como o seu ciclo de vida, as doenças que transmite e as formas de prevenção. “No Brasil, assim como em boa parte do mundo, além do mosquito Aedes Aegypti como vetor primário, é encontrada também a espécie Aedes Albopictus, que transmite o vírus da dengue em países da Ásia. Embora até o momento no Brasil não esteja associado à transmissão do vírus da dengue, esse mosquito é encontrado em regiões de mata, onde as fêmeas tem como preferência se alimentar do sangue de outros animais”, explicou o coordenador do curso de Ciências Biológicas, professor Carlos Alfredo Franco Cardoso.
O professor conta também que, além do Aedes, os estudantes apresentaram outro mosquito do gênero Culex, o Culex quinquefasciatus, mais conhecido por pernilongo, considerado uma verdadeira praga para as pessoas que residem em regiões quentes das Américas, Ásia, África e Oceania. “O Culex demonstra sua preferência alimentar em especial pela espécie humana e, portanto, é encontrado com frequência em residências. Uma característica interessante é que as fêmeas do Aedes picam no início da manhã e no fim da tarde, enquanto que as do Culex picam durante a noite, sendo mais frequentes nos meses quentes e chuvosos de primavera e verão, pois a água que se acumula no solo amplia seus criadouros. O Aedes não causa irritação na pele, enquanto oCulex causa coceira e deixa a pele avermelhada, além de ser muito conhecido pelo irritante zumbido”, lembrou o professor Carlos Alfredo.
O evento aconteceu na portaria da fábrica da Arbor e na oportunidade os funcionários que transitavam foram informados sobre a importância da prevenção contra o mosquito e as diferentes doenças associadas a ele, como a microcefalia e a síndrome de Guillain-Barré. “A espécie de mosquito Culex quinquefasciatus é de grande preocupação no Brasil por ser o vetor da Wuchereriabancrofti, agente etiológico da filariose linfática em algumas regiões do país”, alertou o professor Carlos Alfredo, que destacou ainda que “na avaliação dos estudantes ao final do evento, mais uma vez foi constatado que atividades práticas como por exemplo, ações de saúde, tornam-se relevantes para uma boa formação profissional e para o exercício da cidadania e da prevenção, algumas das atribuições dos biólogos”.
FONTE: GERENCIA DE COMUNICAÇÃO
FONTE: GERENCIA DE COMUNICAÇÃO