quarta-feira, 18 de setembro de 2019

Egressa de Ciências Biológicas conclui mestrado na Fiocruz

         
       
               O que moscas e investigações forenses têm em comum? Marina Lopes Duarte, egressa dos cursos de Bacharelado e Licenciatura em Ciências Biológicas do Centro Universitário Serra dos Órgãos (Unifeso) pode responder. Ela acaba de concluir o mestrado em Biodiversidade e Saúde na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro.
         Marina trabalhou, desde 2017, na pesquisa sobre o "Desenvolvimento e Caracterização Intrapuparial de Ophyra aenescens (Wiedemann, 1830) (Diptera: Muscidae) sob diferentes temperaturas, em condições de laboratório". Basicamente, ela estudou todo o processo de desenvolvimento e a morfologia de uma espécie de mosca e a sua importância forense.
              “O ciclo da Ophyra aenescens, inseto que foi meu objeto de estudo, é completo, ou seja, tem ovo, larva, pupa (quando a mosca está como se fosse em uma crisálida de borboleta, ou seja, está protegida pela carapaça e passando pela metamorfose) e a fase adulta. Meu trabalho analisou justamente o período de pupa. Para isso, dissequei o pupário e analisei suas estruturas morfológicas”, explicou Marina.
               A Ophyra aenescens tem importância nas áreas sanitária e de controle biológico, mas o foco do trabalho de Marina foi a importância da mosca para a área forense. “Este inseto é comumente encontrado se alimentando de corpos em decomposição. Então, dentro da área forense, é possível analisar os intervalos pós-morte máximo e mínimo. Um perito consegue tirar uma estimativa, após análise das larvas e das pupas encontradas no corpo, juntamente com fatores como temperatura ambiente, umidade, luminosidade, de quanto tempo aquele inseto está ali se desenvolvendo e, com isso, é possível estimar há quanto tempo aquele corpo está em decomposição”, contou Marina, destacando que este tipo de análise é mais uma ferramenta complementar para a área forense.
              A egressa do Unifeso atualmente está trabalhando como colaboradora no laboratório em que realizou o mestrado (Laboratório de Entomologia Médica e Forense) e se prepara para a próxima seleção de doutorado do curso de Biodiversidade e Saúde, da Fiocruz. Ela diz que gostaria de trabalhar na área acadêmica e/ou de pesquisa, lecionando e criando projetos de pesquisa.
“A graduação em Ciências Biológicas do Unifeso me deu uma ótima base para ingressar na pós-graduação. O curso incentiva os alunos a participarem de atividades extracurriculares, simpósios e congressos ao longo de toda a graduação, o que me auxiliou consideravelmente na seleção, em especial na análise de currículo. O curso de licenciatura também foi de extrema importância pois me deixou ainda mais próxima da área acadêmica e do ambiente de sala de aula, o que é de grande ajuda em momentos de preparação e apresentação de projetos”, falou Marina.
Por Juliana Lila
Gerencia de comunicação - Unifeso







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