quarta-feira, 2 de setembro de 2020

Estudante de Ciências Biológicas realiza trabalho no Parnaso com espécies de primatas ameaçadas de extinção




Paulo Rodrigo Dias, estudante de Ciências Biológicas do Centro Universitário Serra dos Órgãos (Unifeso), realiza, há mais de um ano, o levantamento de primatas ameaçados de extinção que vivem nas áreas de visitação turística do Parque Nacional da Serra dos Órgãos (Parnaso). O estudante começou a trabalhar voluntariamente no Parque, em março de 2019, mas hoje é bolsista PIBIC/ICMBio. Atualmente estão mapeadas três espécies na região: mico-leão-dourado, sagui –da-serra-escuro e muriqui-do-sul, e o estudante tem focado seus estudos neste último grupo. “Acompanho uma população de muriquis-do-sul no Complexo do Dedo de Deus, área que abrange as trilhas do Dedo de Deus, da Cabeça de Peixe, do Dedinho de Nossa Senhora e do Escalavrado. O muriqui é o maior primata neotropical, ou seja, o maior das Américas, e sua ocorrência em áreas de visitação pode sofrer impactos. A ideia é desenvolver um turismo consciente e que gere renda para as comunidades locais”, explica Paulo. O trabalho de monitoramento da espécie tem como objetivos entender, em detalhes, os efeitos negativos que o turismo pode ou não causar na espécie, como, por exemplo, as doenças que podem ser transmitidas entre os animais e os humanos; estimar a população de muriquis no Parnaso; além de realizar estudos alimentares. Paulo conta que ficou maravilhado com o muriqui-do-sul (Brachyteles arachnoides) desde o primeiro contato, tanto por causa do tamanho como por seu comportamento. “Conversei com meu orientador e ele me perguntou se eu teria vontade e disposição de trabalhar com essa espécie no Parnaso, disposição porque essa espécie vive em lugares de acessos bem difíceis, como é o caso a trilha do Dedo de Deus e da Cabeça de Peixe”, destaca. Paulo irá se formar no fim deste ano e revela que tem planos de fazer um mestrado, seguindo a linha do trabalho realizado com os muriquis do Parnaso. “Pretendo continuar por conta da afinidade com o estudo da espécie e por ter que fazer trabalhos de campo, onde gosto muito de estar”, conta o estudante.

Por Juliana Lila 


Reprodução: Comunicação Unifeso 

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