quarta-feira, 14 de outubro de 2020

Egressa de Ciências Biológicas trilha formação de excelência com o professora

    

    Dizem que ser professor é uma vocação. E vocação Mariana Aparecida de Almeida Souza tem de sobra. Ela se formou em licenciatura em Ciências Biológicas no Centro Universitário Serrados Órgãos (Unifeso), em 2013, e, desde então, vem aprimorando a sua formação de professora.

    Mariana terminou o mestrado, em 2018, e ingressou no doutorado em Ciências Ambientais e Conservação, no NUPEM da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em 2019.Atualmente, ela é professora da Rede Salesiana Brasil, em Rio das Ostras (RJ).

    No doutorado, a egressa trabalha com galhas em Dalbergia ecastaphyllum - Fabaceae, nas restingas do estado do Rio de Janeiro. Galhas são estruturas formadas por diferentes indutores (vírus, bactérias, fungos, ácaros e insetos), com objetivo de alimentação e abrigo. É uma forma altamente especializada de parasitismo, desenvolvendo relações específicas entre a espécie vegetal e o indutor. Podem se desenvolver em diferentes órgãos (folhas, caule, flores) mas, no geral, as folhas são as mais afetadas.

    "Trabalho com galhas induzidas por insetos (cecidomídeos), quando há a indução das galhas(começa com a oviposição, ou seja, quando o inseto deposita seus ovos no órgão) o inseto ganhador modifica a estrutura química das células para assegurar o desenvolvimento da galha, o que gera transformações metabólicas e estruturais no vegetal (hospedeiro), por isso as análises ecológicas, morfológicas, anatômicas, histoquímicas e microquímicas”, explica Mariana.

    O mestrado feito por ela foi na mesma área, biologia de galhas, e no mesmo programa(Ciências Ambientais e Conservação - PPGCiAC), mas foi com Varronia Curassavica (erva-baleeira). “Erva-baleeira é uma planta medicinal, que deu origem ao primeiro fitoterápico brasileiro (O acheflan - Archè), é uma planta multi-hospedeira (há o desenvolvimento dediferentes morfotipos de galhas), durante o mestrado eu trabalhei com três morfotipos, todos foliares. Todas as descrições são inéditas e uma das galhas trabalhadas não há descrição na literatura, nem do indutor (em breve o artigo será publicado). Foi um trabalho muito rico em questões ecológicas, com descrições inéditas, inclusive um besouro que acreditava-se ser endêmico de outra região”, conta a egressa.

    Mariana tem como perspectiva o término do doutorado e a permanência no ensino, pesquisa e extensão, buscando novos desafios enquanto professora. Sobre a formação no Unifeso, elaelogia a formação e o corpo docente. “O Unifeso foi o meu grande divisor, graças ao corpo docente e ao coordenador (Alfredinho), tive o estímulo à área acadêmica e à pesquisa. Durante a graduação, participei de alguns eventos locais e fui bolsista Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid), o que contribuiu e muito para minha formação enquanto professora”, pontua.

Gerência de comunicação - Unifeso:  Por Juliana Lila


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