sábado, 12 de dezembro de 2020

Egresso de Ciências Biológicas publica álbum sobre Mirtáceas da Serra dos Órgãos

 

Luís Fernando Gonçalves da Silva, egresso do curso de Ciências Biológicas do Centro Universitário Serra dos Órgãos (Unifeso), desenvolveu um álbum que trata de parte das   espécies de Myrtaceae, família de plantas de frutos carnosos como as jabuticabas, pitangas, goiabas, entre outros, encontradas no Parque Nacional da Serra dos Órgãos (Parnaso). O projeto foi parte da dissertação de mestrado profissional da Escola Nacional de Botânica Tropical - ENBT, do Jardim Botânico do Rio de Janeiro. 

Em linguagem leve, para ser melhor compreendido pelos visitantes do Parnaso tanto quanto por especialistas, o álbum traz informações sobre 49 espécies, acompanhadas por fotos das plantas com suas  flores e frutos. Além disso, apresenta o Parque, uma Unidade de  Conservação Federal com aproximadamente 20 mil hectares, localizada no Estado do Rio de Janeiro, nas montanhas que têm como pontos icônicos o Dedo de Deus e a Pedra do Sino. O guia é uma publicação conjunta do Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

“O mestrado foi incrível. O Jardim Botânico reúne os recursos necessários para desenvolver o trabalho de maneira adequada, tem o herbário com a maior coleção de espécies botânicas do Brasil e a maior coleção de espécies da Serra dos Órgãos, que foi o foco do meu estudo. Fiz coletas e enriqueci ainda mais o herbário do Jardim Botânico com coletas”, destaca Luís. Ele utiliza o método do "caminhamento livre", com o qual faz as coletas, fotografias e completa com o georeferenciamento. Foram dois anos de pesquisa para o mestrado com a orientação de Marly Pires Morin, do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, e coorientação de Marcelo da Costa Souza, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).

Luís conta que a família de mirtáceas é bem extensa e que a Mata Atlântica do Parnaso é muito rica. “Por conta do aspecto de altitude da Serra dos Órgãos temos quatro tipos de formações florestais dentro da Mata Atlântica. A parte mais baixa é chamada de floresta Baixo Montana; mais para o meio da serra temos a Montana; acima de 2 mil metros temos a floresta Alto Montana e a parte alta, onde temos florações de campo, fica a floresta Campos de Altitude. Nessas quatro formações encontramos diferenças de índice hídrico e de iluminação, e, portanto, diferenças de espécies também. O estudo abarcou justamente essa relação, as espécies encontradas no parque e como elas se distribuem nessas formações”, explicou o egresso, que se formou no Unifeso em 2012.

 Visite o link do álbum:   https://www.gov.br/jbrj/pt-br/assuntos/noticias/1239


Por Juliana Lila

Gerencia de Comunicação -Unifeso


Translate

Postagens mais visitadas